Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central indicado por Lula, encontrou-se com o presidente para debater as novas diretrizes de metas inflacionárias, em meio a expectativas de mudanças no regime de metas.
Nesta terça-feira (25 de junho de 2024), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, e o ministro da Fazenda Fernando Haddad no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro teve como foco a discussão sobre a nova meta de inflação do país e a regulamentação do sistema contínuo de metas, que serão anunciados na quarta-feira (26 de junho). A mudança para um sistema contínuo foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho de 2023, com a meta para o próximo ano estabelecida em 3%, com uma tolerância de até 4,5%.
Fernando Haddad expressou anteriormente que a meta de inflação de 3% é considerada “exigentíssima” e “inimaginável”. A decisão final sobre o calendário para atingir essa meta será divulgada após a próxima reunião do CMN, juntamente com a definição da meta de inflação para 2027, que se espera ser mantida em 3% de forma contínua.
Gabriel Galípolo, indicado por Lula para o Banco Central, desempenhou um papel relevante no recente encontro do Copom, votando contra a posição do presidente sobre a taxa básica de juros, Selic. Apesar das críticas de Lula, a decisão unânime do Copom foi de manter a Selic em 10,5% ao ano, interrompendo os cortes anteriores, o que gerou descontentamento entre alguns governistas.
O CMN, composto pelo presidente do Banco Central, ministro da Fazenda e ministra do Planejamento e Orçamento, tem a responsabilidade de formular a política monetária e creditícia, buscando a estabilidade econômica e social do país.
Texto adaptado de Poder360.