Trump Reverte Proibição de Canudos Plásticos e Reacende Debate sobre Sustentabilidade nos EUA

Por Redação Movimento PB

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva revertendo a proibição do uso de canudos plásticos no governo federal, retomando a compra do material e interrompendo a transição para alternativas como os canudos de papel. A decisão, que entra em vigor imediatamente, revoga uma medida assinada por Joe Biden em 2024, que visava eliminar gradualmente plásticos descartáveis das operações federais até 2035.

O anúncio foi feito na Casa Branca, onde Trump criticou os canudos de papel, dizendo que “não funcionam”, “se dissolvem na boca” e “explodem” em contato com líquidos quentes. “Estamos voltando aos canudos de plástico”, declarou o presidente, reforçando sua posição contrária às medidas ambientais adotadas por Biden.

O Plástico Como Símbolo Político

A decisão de Trump não é apenas uma questão ambiental, mas também um reflexo das divisões políticas nos EUA. Em sua campanha presidencial de 2020, ele comercializou canudos plásticos personalizados com seu nome, arrecadando cerca de US$ 500 mil em poucas semanas. Para muitos conservadores, os canudos de plástico tornaram-se um símbolo de resistência contra o que chamam de “excessos do ambientalismo liberal“.

Por outro lado, estados como Califórnia, Nova Jersey e Washington já adotaram restrições ao uso indiscriminado de plásticos descartáveis, e a decisão de Trump pode gerar reações adversas entre governos estaduais e ativistas ambientais.

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Impactos e Controvérsias

A polêmica em torno dos canudos plásticos tem como pano de fundo a questão da poluição global. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cerca de 460 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, contribuindo para o acúmulo de resíduos nos oceanos e para a disseminação de microplásticos, que afetam ecossistemas e a saúde humana.

No entanto, alguns estudos indicam que os canudos de papel podem conter substâncias químicas conhecidas como PFAS (substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas), também chamadas de “químicos eternos”, que não se degradam facilmente e podem contaminar a água e causar danos à saúde.

O Debate no Brasil

No Brasil, a discussão sobre plásticos descartáveis também tem ganhado força. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já aprovaram leis que restringem o uso de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais, incentivando a adoção de alternativas biodegradáveis. Entretanto, a implementação dessas medidas ainda encontra desafios, como a resistência de empresários e a falta de fiscalização efetiva.

A reversão da política nos EUA pode influenciar debates no Brasil, especialmente entre setores da indústria que dependem de plásticos descartáveis. Além disso, a questão ambiental pode se tornar um tema mais presente nas eleições municipais e presidenciais, com diferentes visões sobre desenvolvimento sustentável e regulação ambiental.

A decisão de Trump reabre um debate global sobre sustentabilidade, consumo responsável e o impacto das políticas ambientais no cotidiano das pessoas. Se por um lado os plásticos são apontados como grandes vilões da poluição, por outro, alternativas como os canudos de papel também possuem desafios ambientais próprios. Resta saber qual será a resposta da sociedade e do mercado diante dessas mudanças.

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Imagem: ilustração imaginada pelo Grok com prompt da redação


Fontes:

  • BBC News – Trump signs order shifting US back toward plastic straws
  • The Guardian – Plastic pollution crisis and government regulations
  • UN Environment Program – Global plastic production and environmental impact
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