O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta sexta-feira (13) o Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027, anunciado como uma iniciativa “inédita” pela Controladoria-Geral da União (CGU). O documento reúne 260 ações, com 49 delas focadas exclusivamente na repressão à corrupção, como operações integradas envolvendo a CGU, Polícia Federal e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Entre os cinco eixos do plano estão:
- Controle da qualidade no uso de recursos públicos;
- Integridade nas relações Estado-setor privado;
- Transparência e governo aberto;
- Combate à corrupção;
- Fortalecimento institucional para a integridade.
A CGU informou que mais de 40 operações especiais já foram realizadas em 2024 como parte da estratégia. Além disso, ações preventivas serão implementadas, incluindo maior transparência pública e o uso de tecnologia para identificar e coibir práticas ilícitas.
O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, enfatizou que o plano busca não apenas reprimir, mas também garantir a boa aplicação dos recursos públicos, beneficiando quem mais precisa. Relatórios periódicos serão publicados para acompanhar os avanços.
Participação ampla
O plano foi desenvolvido com a colaboração de 35 ministérios, 11 agências reguladoras, Banco Central, Polícia Federal, e outros órgãos, além de especialistas e entidades do setor privado. Segundo a CGU, mais de 50 especialistas e 100 organizações participaram do processo.
A iniciativa ocorre em um momento de renovação do compromisso do governo com a integridade, após o histórico envolvimento do presidente Lula com a Operação Lava Jato. Lula foi condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2018, mas teve suas condenações anuladas pelo STF em 2021, sob o entendimento de que os casos não tinham conexão direta com o esquema de desvios na Petrobras.
O plano é uma tentativa de demonstrar um avanço no combate à corrupção no país, promovendo uma abordagem integrada entre governo e sociedade.