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Hamas rejeita novas concessões a Israel em meio a esforços por cessar-fogo em Gaza

O Hamas anunciou nesta quarta-feira sua recusa em ceder mais terreno a Israel durante as negociações por um cessar-fogo em Gaza, mesmo com as conversas em andamento no Cairo em busca de uma trégua para a ofensiva israelense de sete meses.

Os ataques israelenses continuaram na cidade de Rafah, sul de Gaza, com ameaças de uma grande ofensiva. As tropas israelenses avançaram pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, na terça-feira, bloqueando uma importante rota de ajuda humanitária e a única saída para a retirada de pacientes feridos.

Izzat El-Reshiq, membro do gabinete político do Hamas no Catar, afirmou em comunicado que o grupo não irá além da proposta de cessar-fogo aceita na segunda-feira, que incluía a libertação de reféns israelenses e palestinos detidos.

“Israel não está levando a sério a possibilidade de chegar a um acordo e está usando as negociações como pretexto para invadir Rafah e ocupar a passagem”, afirmou Reshiq.

Israel ainda não comentou as declarações do Hamas, que na segunda-feira considerou inaceitável a proposta de três fases aprovada pelo grupo.

As delegações do Hamas, Israel, EUA, Egito e Catar estão reunidas no Cairo desde terça-feira. Segundo uma fonte sênior citada pela emissora de televisão Al Qahera, as conversas continuaram ao longo desta quarta-feira e durante a noite.

Os EUA afirmaram na terça-feira que o Hamas revisou sua proposta de cessar-fogo e que essa revisão poderia superar um impasse nas negociações.

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Apenas algumas horas antes desse mais recente comunicado do Hamas, Washington continuava dizendo que os dois lados não estão distantes.

“Acreditamos que há um caminho para um acordo”, afirmou Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, a jornalistas.

Os EUA desejam evitar uma invasão completa de Rafah por Israel, e uma autoridade sênior norte-americana disse que Washington interrompeu o envio de armas por preocupações com os civis na região.

O presidente dos EUA, Joe Biden, criticou Israel por usar bombas que resultaram em mortes de civis palestinos.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, considerou a decisão de Washington “muito decepcionante”, mas não acredita que os EUA deixarão de fornecer armas a Israel.

Israel afirma que precisa atacar Rafah para derrotar combatentes do Hamas escondidos na cidade, mas a operação também afeta centenas de milhares de palestinos que buscaram refúgio ali.

A ONU, moradores de Gaza e grupos humanitários alertam para uma catástrofe humanitária caso mais invasões israelenses ocorram em Rafah.

Um funcionário da ONU afirmou que nenhum combustível ou ajuda humanitária entrou em Gaza devido à operação militar, afetando gravemente a resposta humanitária no enclave, onde mais da metade da população enfrenta uma grave crise alimentar.

Os ataques de Israel em sete meses de guerra resultaram na morte de milhares de palestinos, principalmente civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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A guerra começou quando militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, resultando em centenas de mortes e sequestros, de acordo com números israelenses.

Fonte: Reuters, adapatação

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