A Meta, controladora do Instagram, está testando um novo formato de anúncio impossível de ignorar, segundo relatos de usuários. O teste, que congela o feed até o término do anúncio, gerou reações negativas nas redes sociais. A Meta afirma que esses testes visam aumentar o valor para os anunciantes.
Na última segunda-feira (3), representantes da Meta, empresa que controla o Instagram, confirmaram que a plataforma está testando um novo tipo de anúncio que não pode ser pulado. Este teste foi percebido por alguns usuários que relataram que seus feeds ficaram congelados durante a exibição das propagandas.
Dan Levy foi o primeiro a notar a mudança e compartilhou sua experiência no X, antigo Twitter. Ele postou um print do seu Instagram com a mensagem: “Holy moly! Meta seemingly is now forcing us to watch ads in our feeds on Instagram! The app legit stopped me from scrolling past this ad which is just a bonkers move to me.”
Essa nova funcionalidade, chamada de “ad break” (“pausa para os comerciais”), foi detalhada por um usuário no Reddit, onde a mensagem informativa do Instagram dizia: “Ad breaks são uma nova forma de visualizar anúncios no Instagram. Às vezes você talvez precisará assistir a uma propaganda antes de continuar navegando.”
Em resposta ao site TechCrunch, a Meta, que também controla Facebook e WhatsApp, afirmou que constantemente testa novos recursos para gerar valor para os anunciantes. No entanto, não especificou se esses testes estão sendo realizados globalmente ou em quais seções do Instagram.
Se implementado, o Instagram adotaria uma abordagem semelhante à versão gratuita do YouTube, onde anúncios irremovíveis são exibidos antes e durante os vídeos, podendo durar até 30 segundos no app de TV. A única maneira de evitar esses anúncios é assinando a versão Premium.
Nos últimos anos, o Instagram tem investido cada vez mais em formatos de vídeo como Stories e Reels, competindo diretamente com plataformas como YouTube e TikTok. Em 2021, o Instagram gerou US$ 32 bilhões em receita de anúncios, superando o YouTube, que faturou US$ 28,8 bilhões no mesmo período.