Benjamin Netanyahu alerta: “este não é o fim da história”
O Hezbollah lançou centenas de foguetes e drones contra Israel no início desde domingo (25), logo depois que o exército israelense confirmou ataque contra o Líbano com cerca de 100 jatos numa ação que chamou de “preventiva para evitar um ataque maior”, em um dos maiores confrontos em mais de 10 meses de guerra ao redor da fronteira.
Foi possível ver mísseis cruzando os céus no início do dia, deixando nuvens escuras de fumaça atrás deles. Enquanto a sirene de ataque aéreo tocava em Israel, uma explosão distante iluminava o horizonte e fumaça subia sobre casas em Khiam, no sul do Líbano.
Três mortes foram confirmadas no Líbano e nenhuma em Israel, que parece ter sofrido danos limitados. O Hezbollah indicou que não planeja novos ataques até o momento.
O ministro israelense das Relações Exteriores disse que o país não procura uma guerra em larga escala, mas o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, alertou: “Este não é o fim da história.”
Riscos
Qualquer escalada no combate, que começou junto com a guerra em Gaza, possui o risco de se tornar um confronto regional ao trazer o apoiador do Hezbollah, o Irã, e o principal aliado de Israel, os Estados Unidos, para a guerra.
O Hezbollah disse que disparou 320 mísseis Katyusha na direção de Israel e atingiu 11 alvos militares no que classificou como primeira fase da retaliação contra Israel pelo assassinato de Fuad Shukr, seu comandante sênior, no mês passado.
Uma autoridade do Hezbollah disse que o grupo atrasou a retaliação para dar chance para as reuniões sobre um cessar fogo em Gaza e por conta de outras “considerações políticas”. A autoridade disse que o grupo modificou as suas ações para evitar motivar uma guerra em larga escala.
O exército de Israel disse que evitou um ataque muito maior ao realizar incursões “preventivas” em 40 áreas depois de perceber que o Hezbollah preparava o ataque.
Netanyahu disse que Israel agiu preventivamente contra o Hezbollah, acrescentando que as defesas aéreas interceptaram todos os drones lançados contra alvos no centro israelense.
Hezbollah rejeitou a declaração israelense que o grupo foi frustrado com ataques preventivos, dizendo que foi capaz de lançar os seus drones como previsto e que o restante da retaliação por conta do assassinato de Shukr vai “levar algum tempo”.
Sirenes de aviso
No norte de Israel, sirenes de aviso tocaram e explosões foram ouvidas em várias áreas, já que o sistema de defesa israelense Dome derrubava mísseis vindo do sul do Líbano.
O exército de Israel disse para as pessoas evitarem aglomerações, uma restrição rapidamente abandonada, e disse que as pessoas poderiam ir trabalhar se pudessem chegar a abrigos antiaéreos rapidamente. A imprensa israelense disse que os ataques danificaram algumas casas no norte israelense.
Uma fonte do setor de segurança no Líbano disse que pelo menos 40 ataques israelenses atingiram várias cidades no sul do país em um dos maiores bombardeios desde outubro.
O Hezbollah disse que os ataques mataram dois militantes em al-Tiri. O grupo muçulmano xiita Amal, aliado do Hezbollah, disse que o ataque em Khiam matou um dos seus militantes.