Nesta segunda-feira (14), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país atacará “impiedosamente” o Hezbollah, incluindo áreas de Beirute, no Líbano. A declaração sugere que os bombardeios ao território libanês, que já duram quase um mês, continuarão sem previsão de término.
Netanyahu afirmou que os ataques ao Hezbollah ocorrerão “em todas as partes do Líbano”, com base em considerações operacionais, e ressaltou que a ação já foi comprovada recentemente e continuará nos próximos dias.
Desde 20 de setembro, as Forças Armadas de Israel estão bombardeando o Líbano, focando principalmente no sul do país, reduto do Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã e que tem participado de conflitos com Israel. Os bombardeios, segundo o governo libanês, já causaram cerca de 2.000 mortes, sendo a maioria de civis.
Apesar dos ataques, Israel afirma que seu alvo são as estruturas do Hezbollah, e não o Estado do Líbano. Ainda assim, a ofensiva militar tem causado danos significativos em áreas civis.
Além dos bombardeios aéreos, Israel também invadiu o Líbano por terra, enquanto, no norte do Líbano, a região de Aitou, predominantemente cristã, foi atacada pela primeira vez desde o início do conflito. O ataque, segundo a Cruz Vermelha libanesa, deixou 21 mortos e quatro feridos, atingindo uma casa que abrigava famílias desalojadas.
O governo dos Estados Unidos, por meio de sua embaixada no Líbano, reiterou o pedido para que seus cidadãos deixem o país o quanto antes, alertando que os voos de evacuação não continuarão indefinidamente.
Em resposta aos ataques, o Hezbollah lançou mísseis contra o território israelense, mas muitos foram interceptados ou caíram em áreas abertas, sem causar feridos. Confrontos entre o grupo extremista e as forças israelenses também foram registrados na cidade de Aita al-Shaab, utilizando diversas armas, como metralhadoras e foguetes.
No domingo (13), um ataque com drones realizado pelo Hezbollah no norte de Israel matou quatro soldados israelenses e deixou mais de 60 feridos. O Hezbollah declarou que a ação foi uma resposta aos bombardeios israelenses realizados em dias anteriores.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em conversa com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, garantiu que Israel responderá fortemente aos ataques do Hezbollah.
Fontes: Redação com informações de G1