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João Roberto Borges: Trajetória de um Líder Estudantil Vitimado pela Ditadura Militar

O segundo episódio da série “Memórias da Repressão”, apresentada no JPB2, mergulha na história do ativista estudantil João Roberto Borges, cuja vida foi ceifada devido ao seu engajamento em organizações estudantis. Líder de movimentos estudantis na Paraíba, Borges foi preso, torturado e posteriormente encontrado morto aos 23 anos, pouco após recuperar a liberdade. Sua trajetória é um dos muitos relatos de vítimas da repressão durante o regime militar no Brasil.

Nascido em João Pessoa, Borges era descrito como uma pessoa de gestos humanos e generosos, cujo sonho de se formar em medicina para atuar nas periferias foi brutalmente interrompido. Em 1968, as forças repressoras invadiram um congresso de estudantes onde Borges estava presente, marcando seu primeiro contato direto com a ditadura. No ano seguinte, ele foi preso pela primeira vez, em meio à instauração do Ato Institucional nº 5, o mais repressivo do período.

Após períodos de prisão e clandestinidade, Borges foi encontrado morto em circunstâncias nebulosas no município de Catolé do Rocha, na Paraíba. A causa de sua morte permanece obscura, pois a família optou por não realizar exames de necropsia. Apesar de um médico ter emitido um documento afirmando que a morte foi por afogamento, não há confirmação de autópsias.

A Comissão Estadual da Verdade encontrou resistência da família para investigar o caso, revelando a dor e o receio das famílias de vítimas em reviver os traumas do período. Borges se tornou um símbolo das consequências da repressão, lembrado por seu engajamento e paixão por um Brasil mais justo. Sua morte ainda é cercada por perguntas não respondidas, mas sua memória permanece viva como um lembrete dos horrores da ditadura militar no Brasil.

Palavras-chave: Ditadura militar, João Roberto Borges, repressão, ativismo estudantil, Comissão Estadual da Verdade.

Fonte: Adaptado de artigo publicado no G1>PB

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