O Tribunal do Distrito Norte da Califórnia determinou que a empresa israelense NSO Group, fabricante do Pegasus, entregue o código do spyware ao WhatsApp como parte de uma ação judicial em curso.
A decisão, da juíza Phyllis Hamilton, representa uma vitória jurídica para o WhatsApp, envolvido em um processo contra a NSO desde 2019, alegando que o spyware foi usado contra 1.400 usuários ao longo de dois anos.
O código do Pegasus é considerado um segredo de estado, já que a NSO é regulamentada pelo Ministério da Defesa israelense, que deve aprovar a venda de licenças a governos estrangeiros.
A decisão de Hamilton veio após um recurso da NSO para isentá-la de obrigações devido a restrições dos EUA e de Israel. A juíza ordenou que a NSO revele todo o spyware relevante durante um ano antes e depois dos supostos ataques.
No entanto, a NSO não será forçada a divulgar os nomes dos clientes ou informações sobre sua arquitetura de servidores. O litígio continua. O Pegasus pode hackear qualquer telefone celular, obtendo acesso irrestrito a chamadas, e-mails, fotografias e mensagens criptografadas.
A NSO foi colocada na lista negra da administração Biden em 2021 por agir contrariamente aos interesses de segurança nacional dos EUA. A NSO vende seu spyware para clientes governamentais em todo o mundo, e seu uso foi associado a violações de direitos humanos.