O presidente Nicolás Maduro ordenou a presença das Forças Armadas nas ruas da Venezuela e convocou um protesto em seu favor após a oposição lançar uma série de protestos contra sua vitória nas eleições presidenciais. Os protestos, que começaram com o anúncio dos resultados das eleições, resultaram em pelo menos 11 mortes e dezenas de feridos.
Em resposta aos intensos protestos de oposição que tomaram conta da Venezuela desde o anúncio dos resultados das eleições, Nicolás Maduro anunciou a mobilização das Forças Armadas para as ruas do país. A medida foi anunciada durante uma reunião conjunta do Conselho de Estado e de Defesa na terça-feira (30) e será efetiva a partir de quarta-feira (31). Maduro afirmou que a presença policial será mantida até que o “plano de paz” esteja consolidado.
Convocação de Apoiadores
Maduro também convocou seus apoiadores a se reunirem em frente ao Palácio de Miraflores para um protesto em seu favor. Ele acusou seus opositores, incluindo María Corina Machado e Edmundo González, de serem responsáveis pelos protestos e pela violência que eclodiu após a divulgação dos resultados eleitorais. O presidente prometeu severas penalidades para os manifestantes presos, incluindo penas de até 30 anos de prisão.
Contexto dos Protestos
Os protestos começaram após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar Maduro como vencedor das eleições presidenciais com 51,2% dos votos. A oposição e a comunidade internacional contestaram a transparência dos resultados, alegando que não foram divulgadas as contagens completas dos votos. A oposição, liderada por González e Machado, acusa o governo de fraude eleitoral e pediu uma revisão completa dos resultados.
Resposta Internacional
A situação gerou reações internacionais significativas. Nove países latino-americanos solicitaram uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir as eleições. Países como Argentina, Costa Rica, e México exigem uma revisão independente dos resultados eleitorais.
Medidas Adicionais de Maduro
Além das Forças Armadas, Maduro anunciou a criação de duas comissões especiais. Uma comissão, assessorada por Rússia e China, avaliará o sistema de biossegurança e ataques ao sistema de comunicação do CNE. A outra comissão, liderada pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, se concentrará em proteger a opinião pública nas redes sociais contra a desinformação.
Conclusão
A situação na Venezuela continua tensa com a resposta do governo às manifestações de oposição. Maduro acusou seus opositores de tentarem desestabilizar o país e prometeu que a Justiça será implacável com aqueles que considera responsáveis pela violência e pela desordem.