O anúncio neste domingo (9) ocorre um dia após a operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) que salvou quatro reféns israelenses em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. O resgate, no entanto, causou a morte de outros três reféns, entre eles um cidadão dos Estados Unidos, informou o grupo terrorista Hamas.
“Estamos deixando o governo de unidade com o coração pesado”, disse Gantz em discurso televisionado.
Gantz disse “Decisões estratégicas fatais são recebidas com hesitação e procrastinação devido a considerações políticas”, disse Gantz, criticando as ações recentes do governo atual.
Em meio a negociações por um cessar-fogo com troca de reféns na guerra contra o Hamas, Gantz expressou seu apoio ao acordo apresentado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que atua como intermediador junto a Egito e Catar. “Exijo que o primeiro-ministro mostre a coragem necessária para apoiá-lo e faça tudo para fazê-lo avançar”, disse o político.
Benny Gantz é membro do partido da unidade nacional, o Knesset, e é um opositor do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Gantz havia dito anteriormente que seu partido se retiraria do governo de Israel caso Netanyahu não bolasse um plano para o resgate dos reféns e para o futuro da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Na ocasião, Netanyahu havia pedido para ele não deixar o governo e dito: “Devemos permanecer unidos. (…) Não desistam da unidade”.