Pesquisadores da Universidade de Michigan desenvolveram um novo tipo de processador de inteligência artificial (IA) capaz de processar informações dependentes do tempo, como áudio e vídeo, de forma mais eficiente. A chave para essa inovação está no uso de “memoristores”, componentes eletrônicos que combinam armazenamento de dados e capacidade de cálculo, eliminando a necessidade de memória externa e economizando energia.
A grande novidade é que esses memoristores possuem um “tempo de relaxamento” ajustável, permitindo que a rede neural artificial imite o mecanismo de cronometragem das redes biológicas. Isso significa que o processador pode lidar com a dimensão temporal de forma mais natural e eficiente.
Testes iniciais com uma rede simples de memoristores demonstraram a capacidade de reconhecer sons de números de zero a nove antes mesmo da conclusão da entrada de áudio. A equipe acredita que essa tecnologia pode melhorar a eficiência energética dos chips de IA em até seis vezes em relação aos materiais atuais.
Embora os protótipos tenham sido fabricados com um processo que consome muita energia, os pesquisadores estão confiantes de que um processo mais simples poderá ser utilizado para a produção em larga escala. Os materiais utilizados são abundantes, não tóxicos, baratos e fáceis de aplicar, o que torna a tecnologia promissora para o futuro da IA.