Milícias ligadas à Guarda Revolucionária do Irã realizaram um desfile em Teerã, mostrando força contra Estados Unidos e Israel.
Milhares de combatentes associados à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã desfilaram com armamentos pesados e veículos pelas ruas de Teerã nesta sexta-feira, demonstrando prontidão para enfrentar “ameaças”.
O desfile, composto por voluntários paramilitares da milícia Basij, ocorre após o enfraquecimento dos aliados do Irã, Hezbollah no Líbano e Hamas na Faixa de Gaza, em conflitos com Israel. A manifestação também sucede a derrubada, no mês passado, do presidente sírio Bashar al-Assad por rebeldes islamistas, líder que contava com o apoio de Teerã.
Veículos equipados com lançadores de foguetes e artilharia, além de comandos navais, circularam pelas ruas. Combatentes em trajes de combate marcharam a pé portando lançadores de foguetes, enquanto mulheres vestidas de preto carregavam rifles.
Alguns participantes arrastaram caixões decorados com bandeiras de Israel, ao lado de estandartes do Hezbollah, do Irã e da Palestina.
Durante o evento, o general Mohammadreza Naghdi, comandante da Guarda, direcionou críticas aos Estados Unidos e a Israel. “Os Estados Unidos estão por trás de toda a desgraça no mundo muçulmano”, afirmou.
Sobre Israel, declarou: “Se conseguirmos destruir o regime sionista e retirar as bases americanas da região, um de nossos grandes problemas será resolvido”.
O comandante da Guarda na capital, general Hassan Hassanzadeh, disse à televisão estatal que o objetivo do desfile era “apoiar a população de Gaza e da Palestina”.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, o apoio à causa palestina tem sido um pilar central da política externa iraniana. “Também queremos mostrar que a milícia Basij está pronta para enfrentar todas as ameaças dos inimigos da revolução islâmica”, afirmou Hassanzadeh.
Texto adaptado de AFP e revisado pela nossa redação.