São Paulo, 4 de agosto de 2024 – O ministro da Defesa do Brasil, José Múcio Monteiro, confirmou que os militares brasileiros estão prontos para reforçar a segurança da embaixada do Brasil na Venezuela, se necessário. A declaração foi feita em meio a uma escalada de tensões na região após a reeleição controversa do presidente Nicolás Maduro.
Detalhes da Situação
- Prontidão Militar: Múcio afirmou que as tropas estão “à disposição do Itamaraty”, o que indica que o Brasil está preparado para agir em caso de necessidade de proteção para suas embaixadas e diplomatas.
- Pedido de Apoio: O envio das tropas dependerá de uma avaliação do Itamaraty e de uma solicitação oficial do governo venezuelano, que também precisaria autorizar a presença militar estrangeira.
- Proteção de Outras Embaixadas: Caso as tropas sejam enviadas, elas também deverão proteger as embaixadas da Argentina e do Peru, que solicitaram apoio após a decisão de Maduro de expulsar o corpo diplomático de sete países latino-americanos.
Contexto
- Tensões na Venezuela: A escalada de tensão segue a reeleição de Nicolás Maduro, que foi marcada por alegações de fraude por parte da oposição. Isso gerou um ambiente instável e hostil para diplomatas estrangeiros.
- Fronteira com o Brasil: Múcio também abordou a situação na fronteira entre Brasil e Venezuela, afirmando que a situação está “controlada” e não há necessidade de reforços militares adicionais. As fronteiras brasileiras foram reforçadas após o incidente de Essequibo e o governo brasileiro acredita que a crise interna da Venezuela limitará qualquer ação expansionista de Maduro.
Perspectivas
O governo brasileiro avalia que a instabilidade política interna na Venezuela provavelmente manterá Maduro focado em questões domésticas, reduzindo o risco de uma ofensiva contra a Guiana. Os próximos meses devem ser dedicados por Maduro a enfrentar a crise interna provocada pela eleição contestada.
Nota: A decisão final sobre a intervenção militar dependerá da evolução da situação e da coordenação com o Itamaraty e as autoridades venezuelanas.