Renan Filho, ministro dos Transportes, atribui o atraso da triplicação da BR-230 à presença de postes da Energisa, anunciando possível ação judicial.
Durante agenda em João Pessoa, nesta sexta-feira (13), o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciou que tomará medidas legais contra a Energisa Paraíba devido à presença de postes instalados nas vias marginais da BR-230, entre Cabedelo e João Pessoa. Segundo o ministro, esse é o principal obstáculo para o avanço das obras de triplicação da rodovia, iniciadas em 2017 durante o governo Michel Temer (MDB) e que até hoje não foram concluídas.
Renan Filho detalhou os desafios enfrentados ao longo do projeto. “Houve uma série de problemas nessa obra. A empresa quebrou no início. O Exército entrou, mas com baixo investimento não colocou a obra para andar. E agora temos outra construtora e mais condições de pagar. Só temos um entrave, que será resolvido de forma administrativa ou eu irei mover uma ação contra a Energisa para retirada dos postes”, afirmou o ministro.
Ele reforçou que não permitirá que a presença dos postes atrase ainda mais a conclusão de uma obra de grande importância para o estado. “A gente não pode atrasar uma obra tão importante como essa para o Estado por conta da não retirada dos postes da Energisa. O DNIT não pode fazer, quem tem que fazer é a empresa. Mesmo que tenhamos que pagar para depois cobrar na Justiça, vamos fazer”, completou.
Além da questão dos postes, Renan também explicou os motivos que levaram ao atraso nas entregas anteriores. Segundo ele, a falta de recursos foi um dos principais fatores. “A obra não foi terminada antes porque não enviaram recursos. No governo Bolsonaro em 2022, só mandaram R$ 90 milhões para a Paraíba. Este ano, o presidente Lula está mandando mais R$ 500 milhões. Por isso as obras estão andando”, pontuou o ministro.
Com a remoção dos postes, Renan Filho estima a liberação de mais R$ 80 milhões para a conclusão do trecho em Cabedelo, com a previsão de finalização até o próximo ano. Além disso, ele anunciou que uma nova licitação será realizada em outubro para estender as obras à capital paraibana, João Pessoa.
“São mais 14 quilômetros para dentro de João Pessoa, onde serão construídos novos viadutos, uma ponte adicional, alargar viadutos existentes e ciclovias. Não vão faltar recursos. O governo do presidente Lula garantiu recursos”, ressaltou Renan Filho.
O ministro concluiu afirmando que buscará apoio do governador João Azevêdo e do Judiciário para resolver a questão dos postes e destravar o andamento da obra. “Estarei com o governador João Azevêdo para pedir o apoio do governador, a sensibilização do Judiciário, para que a gente finalmente resolva essa questão dos postes para que a obra possa andar. Tem recurso? Tem. Mas para a obra andar, tem que retirar os postes”, finalizou.
Texto adaptado de MaisPB.