Pesquisadores brasileiros, em colaboração com cientistas internacionais, desenvolveram uma molécula inovadora capaz de inibir a proteína VRK1, presente em diversos tipos de câncer. A VRK1 é responsável pela manutenção da integridade do DNA e pela proliferação celular, sendo crucial para a sobrevivência de células tumorais.
A descoberta, publicada no Journal of Medicinal Chemistry, representa um avanço significativo na compreensão dos mecanismos que levam ao desenvolvimento do câncer. A inibição da VRK1 pode representar uma nova terapia contra tumores de mama, próstata, ovário, intestinos e cérebro.
A molécula, derivada da diidropteridinona, foi identificada pelo Centro de Química Medicinal (CQMED) da Unicamp e desenvolvida em parceria com o Aché Laboratórios Farmacêuticos. Os pesquisadores demonstraram que a inibição da VRK1 impede a reparação de erros no DNA das células tumorais, levando à sua morte.
Apesar dos resultados promissores, ainda são necessários diversos testes antes de afirmar que a molécula pode ser utilizada como um novo fármaco para o tratamento do câncer. No entanto, a descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novas terapias e consolida a VRK1 como um alvo terapêutico promissor.
O estudo, que durou cinco anos, seguiu as premissas da ciência aberta e contou com financiamento do programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Centro de Química Medicinal de Acesso Aberto. Atualmente, a parceria integra o portfólio de projetos da Unidade CQMED Embrapii.
Texto baseado no artigo de CNN Brasil