Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, faleceu neste domingo (29) aos 100 anos, em sua casa na cidade de Plains, Geórgia, onde nasceu. Carter, que estava sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023, deixa um legado marcado pela defesa dos direitos humanos, esforços pela paz mundial e forte oposição às ditaduras latino-americanas, incluindo a militar no Brasil.

Filho de um fazendeiro e de uma enfermeira, Carter formou-se pela Academia Naval dos EUA em 1946 e serviu como oficial em submarinos nucleares. Após a morte do pai, retornou à Geórgia para administrar os negócios familiares antes de ingressar na política.

Como governador da Geórgia, Carter defendeu o fim da segregação racial e promoveu reformas administrativas. Na presidência, sua gestão foi marcada pelos Acordos de Camp David, que selaram a paz entre Egito e Israel, e por desafios como a crise dos reféns americanos no Irã, que impactaram sua popularidade.

Após deixar a Casa Branca, Carter fundou o Centro Carter, dedicado à promoção dos direitos humanos, monitoramento de eleições e soluções pacíficas para conflitos. Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho humanitário.

Jimmy Carter escreveu mais de 20 livros, abordando desde memórias presidenciais até fé religiosa. Casado por mais de 77 anos com Rosalynn Carter, que faleceu em 2023, ele deixa quatro filhos, netos e um legado de compromisso com a paz e justiça social.

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