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MP de São Paulo Revela Vínculos Suspeitos entre Investigados e Agentes Públicos em Operação contra o PCC

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelou uma suposta “íntima relação” entre os investigados em uma operação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e agentes públicos. A investigação, que resultou na prisão de três vereadores em cidades paulistas, sugere o pagamento de propina por parte de empresas envolvidas em fraudes em concorrências.

Os vereadores Ricardo Queixão (PSD-Cubatão), Flávio Batista de Souza (Podemos-Ferraz de Vasconcelos) e Luiz Carlos Alves Dias (MDB-Santa Isabel) foram presos, juntamente com Fabiana de Abreu Silva, funcionária da Prefeitura de Cubatão. Segundo os investigadores, áudios e mensagens interceptadas mostram que Flávio Batista de Souza negociava diretamente com os donos das empresas contratadas e recebia pagamentos ilícitos do grupo criminoso.

A sede da prefeitura de um município da Grande São Paulo também foi alvo de buscas, devido à suspeita de “intima relação escusa” entre agentes públicos e privados para obtenção de contratos superfaturados. Em relação a Luiz Carlos Alves Dias, o MP-SP afirma que o vereador mantinha contato próximo com um dos investigados e teria recebido propina.

Ricardo de Oliveira, ex-presidente da Câmara Municipal de Cubatão, é acusado de receber pagamentos do grupo envolvido nas fraudes, enquanto Fabiana de Abreu Silva mantinha contato frequente com um dos investigados, inclusive para cobrança de propina.

A Operação Munditia, realizada nesta terça-feira, resultou na apreensão de R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e US$ 8,7 mil em 42 endereços alvo de busca e apreensão. Todas as prisões efetuadas são temporárias, com prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

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Procurada, a Prefeitura de Cubatão informou que tem colaborado com o Ministério Público nas investigações, fornecendo documentos e informações solicitadas. Fabiana de Abreu Silva foi exonerada para garantir imparcialidade às investigações e sua ampla defesa junto ao Ministério Público.

O Globo enviou solicitações de manifestação aos demais citados, mas não obteve resposta até o momento da publicação.


Fonte: Artigo adaptado de O Globo

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