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Na ONU, Lula defende a regulação dos jogos de azar no Brasil, citando o aumento do endividamento como razão principal.

Durante discurso em Nova York, o presidente Lula destacou a necessidade de regular os jogos de azar no Brasil, alertando sobre o crescente endividamento de pessoas, especialmente das mais pobres, devido às apostas online. Ele afirmou que a falta de regulação pode transformar a prática em um problema doméstico grave.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulação dos jogos de azar no Brasil, argumentando que muitas pessoas, em especial as mais pobres, estão se endividando com apostas online. Durante o encontro “Em Defesa da Democracia, Combatendo os Extremismos”, realizado em Nova York nesta terça-feira (24), Lula afirmou que a ausência de uma regulamentação pode agravar a situação e “trazer cassinos para dentro das cozinhas das casas brasileiras”.

Lula destacou que o cenário atual, onde apostas podem ser feitas diretamente por celulares, facilita o acesso ao jogo e aumenta o risco de endividamento. “O Brasil sempre foi contra o cassino, qualquer tipo de jogo de azar. Hoje, através de um celular, o jogo está dentro da casa da família”, declarou. Ele também mencionou um levantamento recente do Banco Central, que aponta que, em agosto, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões via Pix para plataformas de apostas.

O presidente reconheceu a complexidade do debate sobre a regulamentação dos jogos de azar, mas reforçou a importância de uma ação governamental para evitar consequências maiores. Além disso, Lula mencionou que o governo está discutindo a criação de uma proposta de lei que proibiria o uso de celulares dentro das salas de aula no Brasil, medida que deve ser apresentada ao Congresso Nacional em outubro.

Durante o evento, Lula também criticou o empresário Elon Musk, afirmando a necessidade de uma regulação universal para impedir que indivíduos desafiem constituições de países que discordam deles.

A discussão ocorreu em um encontro organizado por Lula e pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, onde líderes globais debateram o fortalecimento da democracia e o combate aos extremismos.

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