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Número de mortos por chuvas no RS sobe para 95; há 132 desaparecidos

Segundo a Defesa Civil 388 municípios – mais de dois terços das cidades gaúchas – foram afetados, além de haver mais de 155 mil pessoas desalojadas e 361 feridas

O número de mortes causadas pelas chuvas devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul na semana passada subiu para 95 e outros quatro óbitos estão sob investigação, enquanto 132 pessoas seguem desaparecidas, informou a Defesa Civil do Estado em balanço divulgado na manhã desta terça-feira.

Segundo o comunicado do órgão, 388 municípios foram afetados pelos eventos climáticos, mais de dois terços das cidades gaúchas, além de haver mais de 155 mil pessoas desalojadas e 361 feridas.

As chuvas provocaram cheias em rios em várias regiões do Estado, além da destruição de estradas e pontes. Afetaram ainda os serviços de fornecimento de água, energia elétrica e de telefonia para centenas de milhares de pessoas.

Os eventos climáticos afetaram no total mais de 1,4 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil.

Nesta terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a Casa votará o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul, indicando que a medida deve ser aprovada.

Em entrevista à GloboNews, Pacheco defendeu que a situação “atípica” do Rio Grande do Sul demanda soluções que sejam “atípicas e anormais”. O decreto legislativo abre caminho para o envio de recursos federais ao Estado sem que isso afete a meta fiscal do governo.

Ele também indicou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar nesta semana uma medida específica para a dívida do Rio Grande do Sul com a União.

No programa “Bom dia, presidente!”, do CanalGov, desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só será possível saber o tamanho dos estragos causados pelas chuvas no Estado quando as águas baixarem.

Lula reiterou que não faltará apoio do governo federal ao Rio Grande do Sul para o que está sendo chamado de pior desastre climático da história do Estado.

Fonte: Reuters

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