A mecânica orbital sempre fascinou cientistas e entusiastas do cosmos. Em 2006, o renomado escritor chinês Liu Cixin lançou seu best-seller “O Problema dos 3 Corpos”, uma obra que mistura drama humano com desafios científicos. Baseado no conhecido problema da mecânica orbital dos três corpos, o livro de Liu despertou um interesse renovado pelo enigma dos sistemas orbitais complexos.
Neste contexto, a Netflix trouxe à tela uma série homônima, inspirada na obra de Liu, levando o mistério dos três corpos para uma nova geração de espectadores. A história envolve cientistas interagindo com uma civilização distante, enquanto lidam com os desafios imprevisíveis dos sistemas orbitais.
A astrofísica por trás desse enigma é complexa. Enquanto a gravidade entre dois corpos pode ser prevista com certa precisão, a adição de um terceiro corpo torna o sistema imprevisível. O princípio de conservação de energia do Universo complica ainda mais a situação, levando a movimentos orbitais caóticos e imprevisíveis.
Tanto na série da Netflix quanto no livro de Liu, os personagens se deparam com um planeta que orbita três sóis, alternando entre períodos de estabilidade e caos. Essa representação reflete a realidade de muitas regiões do Universo, onde sistemas de três corpos são comuns, especialmente em áreas de formação estelar.
Apesar da complexidade, resolver o enigma dos três corpos é crucial para a compreensão da evolução do Universo. Além disso, pode lançar luz sobre questões fundamentais, como a formação e fusão de buracos negros. No entanto, até o momento, os cientistas têm apenas previsões estatísticas baseadas em simulações computacionais, deixando o mistério dos três corpos ainda sem resposta.