Presidente reforçou compromisso com a democracia e cobrou responsabilização de envolvidos nos atos golpistas de 2023
Durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8), que marcou os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou mensagens claras às Forças Armadas, destacando a necessidade de compromisso com a democracia e a soberania nacional.
Lula enfatizou que “ditadura nunca mais” deve ser um princípio central para o país e afirmou que todos os responsáveis pelos atos golpistas, incluindo militares envolvidos, serão responsabilizados e punidos.
Compromisso com as Forças Armadas
O presidente elogiou o trabalho do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e dos comandantes das Forças Armadas:
- Exército: General Tomás Paiva
- Aeronáutica: Brigadeiro Marcelo Damasceno
- Marinha: Almirante Marcos Olsen
Lula destacou que é possível “construir Forças Armadas com o propósito de defender a soberania nacional”, mencionando a proteção das fronteiras, do litoral brasileiro, da Amazônia e das riquezas naturais do país.
Trama golpista revelada pela PF
O discurso ocorreu após a revelação de uma investigação da Polícia Federal (PF), que apontou um plano de golpe de Estado em 2022. A operação, de acordo com o relatório da PF, envolvia uma coordenação entre militares da ativa e da reserva, com ações planejadas que incluíam atentados contra Lula, Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Crítica à demora no atendimento aéreo
Lula também relembrou o episódio em que sofreu um acidente no banheiro do Palácio do Planalto em outubro de 2023. Segundo ele, o avião das Forças Armadas demorou quatro horas para chegar a Brasília e transportá-lo para atendimento médico em São Paulo, em um momento em que sua condição clínica era crítica.
“Eu cheguei em São Paulo, os médicos estavam horrorizados, porque achavam que eu podia morrer na viagem ou entrar em coma. E meu avião demorou quatro horas para chegar”, comentou o presidente.
Mensagem final
Lula encerrou o discurso reiterando que a democracia prevaleceu e continuará prevalecendo no Brasil. O presidente destacou a importância de manter as Forças Armadas focadas em suas funções constitucionais, garantindo a estabilidade e a proteção do Estado brasileiro.