A decisão reflete temores de mudanças na política externa sob a futura administração Trump
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) passou a coordenar a ajuda militar enviada à Ucrânia, substituindo os Estados Unidos, segundo informações da Reuters. A mudança busca prevenir impactos de uma possível redução do apoio norte-americano, considerando a eleição de Donald Trump como presidente. O republicano, crítico dos auxílios destinados à Ucrânia, assumirá o cargo em 20 de janeiro de 2025.
Contexto da decisão
Os países da Otan temem que a posse de Trump resulte em um enfraquecimento do Exército ucraniano, já que os EUA foram os maiores financiadores de Kiev desde o início da guerra com a Rússia, em fevereiro de 2022. Com a nova estratégia, a aliança militar terá um papel ainda mais direto no conflito, mas possíveis cortes de recursos dos EUA podem comprometer a capacidade de combate ucraniana.
Enquanto isso, o atual presidente norte-americano, Joe Biden, busca ampliar o apoio antes de deixar o cargo. Recentemente, a Casa Branca anunciou a transferência de US$ 20 bilhões de países do G7 para a Ucrânia. No entanto, os recursos não poderão ser usados para fins militares, limitando sua aplicação no campo de batalha.
Trump e o futuro da guerra
Trump tenta se posicionar como um potencial mediador da guerra e já afirmou que resolver o conflito entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky será uma prioridade de sua política externa. Contudo, ainda não está claro como sua administração influenciará a disputa e como lidará com a pressão internacional pela continuidade do apoio à Ucrânia.
A decisão da Otan reforça o compromisso europeu com a defesa ucraniana, mas evidencia a incerteza sobre o futuro da coalizão internacional contra a Rússia, especialmente com as mudanças iminentes na liderança dos EUA.
Com informações de Poder360