Uma colaboração internacional entre a China e a França está prestes a alcançar um novo marco com o lançamento de um satélite astronômico de ponta, programado para junho. A informação foi divulgada pela Academia de Inovação para Microsatélites da Academia Chinesa de Ciências em Xangai, responsável pela construção do satélite.
Conhecido como Monitor de Objetos Espaciais Variáveis (SVOM), o satélite é equipado com pequenos telescópios dedicados ao estudo das explosões estelares mais distantes, conhecidas como explosões de raios gama.
O lançamento está agendado para junho, utilizando um foguete transportador chinês Longa Marcha 2C, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, conforme anunciado pela academia.
Iniciado em 2010, o projeto SVOM é fruto de uma colaboração entre a Administração Espacial Nacional da China e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, envolvendo cientistas e engenheiros de múltiplos institutos, incluindo o Instituto de Astrofísica e Planetologia de Toulouse e o Instituto de Física de Alta Energia de Pequim.
Com peso aproximado de 930 quilogramas, o satélite abrigará quatro instrumentos científicos: a câmera de máscara codificada ECLAIRs e o Telescópio de Raios X de Microcanal, desenvolvidos por cientistas franceses, juntamente com o Monitor de Explosões de Raios Gama e o Telescópio Visível construídos pela equipe chinesa.
Ambos os países contribuirão para as operações de controle em solo, recepção de dados científicos e observações subsequentes das explosões de raios gama.
Esta é a segunda iniciativa de satélite colaborativa entre as duas nações, após o lançamento bem-sucedido do Satélite de Oceanografia China-França em outubro de 2018, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. O satélite anterior forneceu dados valiosos para estudar as condições oceânicas, prever padrões climáticos e aprimorar a compreensão das mudanças climáticas.
Pang Zhihao, especialista em tecnologia de exploração espacial e escritor renomado, destacou as sinergias entre os dois países em programas espaciais. A China, com sua proficiência em design e construção de espaçonaves sofisticadas e gestão de projetos em larga escala, complementa a expertise da França na fabricação de instrumentos científicos precisos e no conhecimento extensivo de ciências espaciais.
Fonte: China Daily
Imagem: Ilustração da redação via daLL-e 3
