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PF indicia Bolsonaro em caso de vendas de joias sauditas

Brazil's President Jair Bolsonaro, welcomes Paraguay's President Mario Abdo Benitez (out of frame) at Planalto palace in Brasilia on March 12, 2019. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

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A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da investigação relacionada a venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A defesa do ex-presidente diz que ainda não teve acesso ao inquérito.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 11 pessoas.

Veja a lista de indiciados:

  • Jair Bolsonaro
  • Bento Albuquerque;
  • José Roberto Bueno Júnior;
  • Julio Cesar Vieira Gomes;
  • Marcelo da Silva Vieira;
  • Marcos André dos Santos Soeiro;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid;
  • Fabio Wajngarten;
  • Frederick Wassef;
  • Marcelo Costa Câmara;
  • Mauro Cesar Lourena Cid;
  • Osmar Crivelatti

Conclusão

O inquérito, aberto no início do ano passado, foi concluído e relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (4).

Agora, a PF deve relatar o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte. Moraes precisa pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.

No fim de maio, a CNN revelou que a investigação sobre as joias era prioridade da PF entre outras apurações que envolve Bolsonaro e a previsão, de fato, era finalizar o inquérito em julho.

  • 1 de 5O príncipe Abdulaziz Bin Salman Bin Abdulaziz Al Saud, ministro de Energia do reino da Arábia Saudita, participa de reunião com o então ministro de Minas e Energia brasileiro, Bento Albuquerque.Crédito: Reprodução
  • 2 de 5Imagens do cavalo com as patas quebradas. Item foi entregue pelos sauditas como presenteCrédito: Reprodução/Twitter Ministro Paulo Pimenta
  • 3 de 5Detalhe mostra retirada do cavalo de baseCrédito: Reprodução/Twitter Ministro Paulo Pimenta
  • 4 de 5Colar, anel, brincos e relógios de diamante de R$ 16,5 milhõesCrédito: Reprodução/ Twitter
  • 5 de 5Segundo estojo de joias sauditas, com uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e um terço, sob posse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Crédito: Reprodução/CNN
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Cooperação com FBI

Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos durante duas semanas e voltou com os elementos que faltavam para finalizar o inquérito das joias. A força policial contou com cooperação internacional do FBI.

Após visitarem quatro cidades norte-americanas, os agentes colheram, entre outras provas, imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram negociados relógios.

A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos — como anotações, notas fiscais e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.

CNN procurou a defesa de Bolsonaro, Wajngarten, Cid pai e filho, Albuquerque e Wassef, e aguarda retorno.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para se manifestar sobre o indiciamento do pai.

“A perseguição a Bolsonaro é declarada e descarada! Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo pra missão, indicia a pessoa”, escreveu o senador no X (antigo Twitter).

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