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PF mira esquema de contrabando de armas armazenadas em empresa de efeitos cinematográficos

Agentes saíram para cumprir 6 mandados de busca e apreensão no RJ e no PR. O alvo principal é o advogado Fernando Humberto Henriques, condenado em 2015 pela Justiça Militar por calúnia e investigado por desvio de armas do Exército em 2020.

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira (4) a Operação Ficção ou Realidade, contra o tráfico internacional de armas de fogo e acessórios oriundos dos Estados Unidos e vendidos a facções criminosas e milícias cariocas.

A investigação, a partir de informações da Receita Federal, revelou que a quadrilha contratou uma empresa do ramo de efeitos cinematográficos para armazenar os armamentos importados ilegalmente. Alegavam guardar “materiais de efeito não lesivo destinados ao serviço de show pirotécnico”, a fim de não levantar suspeitas.

A TV Globo apurou que o alvo principal é o advogado Fernando Humberto Henriques, condenado em 2015 pela Justiça Militar por calúnia e investigado por desvio de armas do Exército em 2020. Também naquele ano, Henriques depôs como testemunha de defesa no julgamento de Ronnie Lessa, réu confesso da morte de Marielle e Anderson.

Agentes saíram para cumprir 6 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro, em endereços residenciais nas cidades do Rio de Janeiro, Curitiba (PR) e Maringá (PR).

No Rio, a PF foi a Botafogo, onde mora a filha de Henriques, e ao Recreio dos Bandeirantes.

Mega-apreensão em Miami

Imagens da apreensão realizada pela autoridade norte-americana em janeiro de 2024 em Miami — Foto: Divulgação/PF

Para a operação desta quinta, a PF contou com o apoio da Homeland Security Investigations (HSI), principal braço investigativo do Department of Homeland Security (DHS) dos Estados Unidos.

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“Em janeiro deste ano, autoridades estadunidenses apreenderam, em Miami, expressiva quantidade de material bélico que estava prestes a ser enviado clandestinamente ao Brasil”, afirmou a PF.

Na ocasião, foram apreendidos:

  • 261 carregadores de alta capacidade, geralmente utilizados por milicianos e traficantes para exercer domínio territorial, “visto que comportam até 90 munições de grosso calibre e alto poder destrutivo”, segundo a PF;
  • 88 acessórios de conversão de armas de fogo chamados de Kit Roni, “que conferem maior estabilidade e precisão ao armamento, assim como transformam armas semiautomáticas em armas automáticas ou que disparam rajadas de tiros”.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional e comércio clandestino de armas de fogo e acessórios, além de associação criminosa. Caso sejam condenados, eles poderão receber pena de até 31 anos de reclusão.

Fonte: adaptação do G1

Imagem: Ilustração feita pela redação via DaLL-e 3,

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