A Polícia Federal está se preparando para uma viagem aos Estados Unidos, marcada para o dia 25 de abril, como parte da investigação sobre o escândalo das joias. Essa viagem só foi possível após o compartilhamento de informações com o FBI, aguardado pelos investigadores. Um delegado e um agente devem visitar quatro cidades nos EUA – Miami, Orlando, Nova York e Wilson Grove – com o objetivo de coletar imagens e documentos que ajudarão na conclusão do inquérito.
A coleta desses materiais é o último passo antes da conclusão da investigação, prevista para maio. A expectativa é que sejam feitos depoimentos com os comerciantes das lojas envolvidas na venda e recompra das joias, esclarecendo os detalhes do caso.
O inquérito investiga se presentes oficiais da Presidência da República foram vendidos no exterior e os valores depositados em contas nos Estados Unidos, o que é proibido pela legislação brasileira, exceto no caso de presentes personalíssimos, como alimentos e perfumes. Há indícios de que relógios e esculturas foram negociados nos EUA.
O ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada, prestou novo depoimento à Polícia Federal na semana passada, e os investigadores afirmam que o inquérito das joias estava entre os assuntos discutidos. O ex-presidente Jair Bolsonaro nega qualquer irregularidade no caso.
