A Procuradoria-Geral da República (PGR) submeteu um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) referente à permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria durante o Carnaval, não solicitando sua prisão, embora as circunstâncias jurídicas o permitissem.
O documento foi encaminhado ao STF em resposta a uma solicitação do ministro Alexandre de Moraes, após esclarecimentos fornecidos pelo ex-presidente sobre os motivos de sua estadia na representação diplomática. Uma investigação da Polícia Federal foi iniciada para determinar se Bolsonaro buscava asilo político na embaixada e se isso poderia ser interpretado como uma tentativa de fuga.
Os advogados de Bolsonaro argumentaram que sua estadia na embaixada se deu devido a uma “agenda de compromissos políticos extremamente ativa”, incluindo reuniões com “lideranças estrangeiras alinhadas com o perfil conservador”. A defesa considerou “ilógica” a suposição de que ele buscasse refúgio político na Hungria, destacando que medidas cautelares impostas por Moraes tornavam essa suposição improvável.
Além disso, a defesa mencionou que Bolsonaro sempre informou o ministro antecipadamente quando deixava o país, devido às investigações em curso na Corte. Isso foi evidenciado em sua viagem à Argentina para a posse de Javier Milei, ocorrida em dezembro do ano passado.
Com informações do Globo e Agência Brasil