O panorama do Partido Liberal (PL) em João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, é o mais crítico do país, com vistas às Eleições 2024.
De acordo com especialistas políticos, o descompasso entre a cúpula da legenda e parte das bases do partido é o responsável pela situação ultra delicada pela qual passa o PL em território paraibano.
Em João Pessoa, o racha do partido se estabeleceu a partir da imposição do nome do ex-ministro Marcelo Queiroga como o de pré-candidato da legenda na corrida eleitoral pelo comando da Prefeitura Municipal.
De todos os nomes que o PL da Paraíba tinha disponível para indicação como pré-candidato, o de Queiroga era considerado o menos indicado, tanto pelo número considerável de escândalos nos quais ele se viu envolvido durante o exercício como ministro da Saúde na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, como pela densidade eleitoral considerada insatisfatória e, como dizem alguns, “irrelevante“, quando em comparação com forças políticas como as dos deputados Cabo Gilberto Silva (federal) e Wallber Virgolino (estadual), bem como com a do comunicador Nilvan Ferreira, para uma disputa importante como a de prefeito de uma Capital.
Situações similares também são registradas em Belém (PA) e Manaus (AM) onde climas de disputa e desarmonia foram iniciados dentro do próprio PL, com mais de um pré-candidato a prefeito no partido.
A Folha lembra que o PL não elegeu prefeitos nas capitais na eleição de 2020, assim como o PSL, partido ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro era filiado na época. Atualmente, o único prefeito de capital do PL é João Henrique Caldas, o JHC, que se filiou ao partido em 2022 após deixar o PSB.
Para as Eleições 2024, o PL vai com uma meta ousada de eleger mil prefeitos e deve ter candidato próprio em ao menos 14 capitais. Tudo, porém, passa pela “ordem” de buscar consensos com outros partidos de direita e tentar consolidar uma base sólida para pavimentar as eleições de 2026.