O mês de maio de 2024 marcou o décimo segundo mês consecutivo de recordes de calor na Terra, segundo cientistas do observatório europeu Copernicus. Desde junho de 2023, cada novo mês tem sido mais quente que o anterior, destacando uma emergência climática preocupante.
Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), comentou sobre essa sequência, enfatizando que mesmo se ela for interrompida, as mudanças climáticas continuam e não há sinal de reversão dessa tendência. Ele também destacou a importância das ferramentas de monitoramento climático para informar ações.
O mês de maio de 2024 foi o mais quente já registrado globalmente, com uma temperatura média do ar de superfície 0,65°C acima da média de abril de 1991-2020. Isso representa uma anomalia de temperatura, indicando o quanto a temperatura desvia da média histórica.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou que existe uma alta probabilidade de que, em pelo menos um dos próximos cinco anos, a temperatura média global anual ultrapasse temporariamente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Este limite é crucial para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
António Guterres, secretário-geral da ONU, enfatizou a urgência de agir, chamando a situação de “roleta russa” e pedindo medidas como um “imposto extraordinário” sobre os lucros das empresas de combustíveis fósseis. Ele também destacou a necessidade de uma redução drástica nas emissões globais de carbono.
Esses recordes de calor se somam a uma lista crescente de eventos extremos que têm marcado o clima global, destacando a urgência de ações concretas para combater as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global.