Implementar políticas públicas que incentivem a Indústria 4.0 no setor de etanol de cana pode aumentar eficiência, reduzir custos e promover sustentabilidade.
A implementação de políticas públicas que incentivem a adoção de tecnologias da Indústria 4.0 no setor de etanol de cana-de-açúcar pode revolucionar o modo de operação das usinas, promovendo um salto significativo em eficiência, sustentabilidade e competitividade. A Indústria 4.0, que envolve o uso de ferramentas digitais como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA), automação e análise de big data, é crucial para transformar a produção de etanol, tornando-a mais inteligente, conectada e integrada. Políticas públicas para o etanol de cana: Indústria 4.0 como motor de inovação são essenciais.
Embora o setor de etanol de milho seja mais recente e tenha se beneficiado da adoção precoce dessas tecnologias, o etanol de cana-de-açúcar também pode avançar rapidamente ao implementar esses conceitos. A cana-de-açúcar, que sustenta mais de dois milhões de empregos no Brasil, possui grande relevância econômica, especialmente nas regiões onde é a principal fonte de renda. Políticas públicas para o etanol de cana são urgentes para garantir a manutenção desses postos de trabalho e fortalecer a competitividade do etanol de cana em relação ao etanol de milho, que possui vantagens como a estocagem e a produção de subprodutos com margens mais altas.
Apesar dessas diferenças, há viabilidade para a integração das produções de etanol de cana e milho na mesma destilaria, aproveitando a energia gerada pelo bagaço da cana. Isso reduz o custo de produção do etanol de milho, já que a biomassa contribui com R$ 0,25 por litro. A adoção de tecnologias da Indústria 4.0 também pode viabilizar a produção de combustíveis renováveis, como o e-metanol, a partir dos resíduos da cana, o que ajudaria a reduzir as emissões no setor marítimo. Da mesma forma, o etanol pode ser um ponto de partida para o desenvolvimento do SAF (Sustainable Aviation Fuel), uma solução para reduzir as emissões no setor da aviação, utilizando hidrogênio de baixo carbono. Assim, Políticas Públicas para o etanol de cana: Indústria 4.0 como motor de inovação são fundamentais.
Entre as principais inovações propostas pela Indústria 4.0 na produção de etanol de cana, destaca-se o sensoriamento em tempo real, com a instalação de sensores IoT em equipamentos críticos, como moendas, fermentadores e tanques de armazenamento. Isso permite monitorar variáveis como temperatura, pressão, teor de açúcar e concentração de etanol, aumentando a eficiência e prevenindo falhas operacionais.
A utilização de sensores IoT para monitorar a qualidade da matéria-prima pode otimizar o processo de produção, ajustando etapas como moagem, fermentação e destilação com base em parâmetros como o teor de sacarose e a umidade, assegurando um rendimento superior. Adicionalmente, o monitoramento à distância habilita os gestores a supervisionarem as operações das instalações remotamente, com a vantagem de receberem alertas instantâneos sobre quaisquer desvios operacionais, o que contribui para intervenções rápidas e eficazes frente a problemas.
A implementação dessas políticas públicas de incentivo à Indústria 4.0 no setor de etanol pode criar condições favoráveis para a inovação contínua, garantindo a sustentabilidade a longo prazo da produção de biocombustíveis e fortalecendo o papel do Brasil como líder global nesse setor. Políticas públicas para o etanol de cana são vitais para alcançar esses objetivos.
Da redação com informações do Sindalcool