A cidade de Porto Alegre enfrentou fortes chuvas nesta quinta-feira, resultando em um aumento crítico do nível do Rio Guaíba e novos alagamentos em áreas previamente afetadas. O prefeito Sebastião Melo (MDB-RS) convocou uma reunião de emergência e realizou uma coletiva de imprensa para tratar da situação.
Medidas Emergenciais
Melo anunciou a suspensão imediata das aulas nas redes municipal e privada até sexta-feira, destacando a necessidade de reduzir o trânsito e os riscos associados. As escolas municipais permanecerão abertas para acolhimento e atendimento alimentar à população.
“Sabíamos da previsão de chuvas entre 60 a 100mm, especialmente concentradas na Região Sul, onde já choveu 100mm até agora. A situação das áreas alagadas se agravou e se estendeu por toda a cidade, levando-nos a suspender as aulas para garantir a segurança de todos”, afirmou o prefeito.
Fechamento das Comportas
Em uma medida para mitigar os danos, Melo ordenou o fechamento das cinco comportas que auxiliam no escoamento da água. A previsão é que o nível do Rio Guaíba suba de 40 a 50cm, aumentando o risco de inundação.
“Nós decidimos fechar as comportas. Com a previsão de aumento do nível do rio, é crucial controlar a entrada e saída de água para evitar maiores alagamentos”, explicou Melo.
Operação do DMAE
O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Maurício Loss, informou que 10 das 23 estações de bombeamento estão em operação. Ele destacou que o fechamento das comportas será necessário se a água começar a entrar na cidade em vez de ser escoada.
“Estamos monitorando a situação e provavelmente fecharemos as comportas esta tarde, se notarmos inversão no fluxo da água”, declarou Loss.
Impacto no Trânsito e Serviços
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou 86 ocorrências de alagamento, com bloqueios totais em 55 ruas e avenidas e parciais em 23. A Agência Nacional de Águas (ANA) relatou uma elevação de 14cm no nível do Rio Guaíba apenas nesta quinta-feira.
Os serviços essenciais continuarão operando, com a prefeitura solicitando a colaboração de voluntários, parceiros e igrejas para manter os abrigos funcionando. Melo também considerou o fechamento do corredor humanitário devido ao desgaste da pista, recomendando que somente envolvidos na operação de ajuda utilizem a via.