O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), uma organização sem fins lucrativos focada na promoção da igualdade racial, realiza hoje (8) a cerimônia do Prêmio Sim à Igualdade Racial. Em sua sétima edição, a premiação homenageia líderes e iniciativas antirracistas nas áreas de educação, empregabilidade e cultura.
O evento anual visa celebrar pessoas, organizações e projetos que se destacam no combate ao racismo no país. A cerimônia será transmitida no dia 26 de maio pelo canal do instituto no YouTube e na TV Globo.
“A temática deste ano é inteligência ancestral. Vamos destacar a importância de transmitir conhecimentos e valores entre gerações e promover a união entre comunidades. O evento abordará questões como família, justiça climática, informação e desinformação, e demarcação de terras”, explicou Tom Mendes, diretor-geral do prêmio e diretor institucional do ID_BR.
A premiação abrange dez categorias, distribuídas em três eixos — educação, empregabilidade e cultura —, com finalistas selecionados por um júri especializado.
Na Categoria Educação e Oportunidade, os concorrentes são a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, o Instituto Cultural Steve Biko e a Makira E’ta. Na Categoria Inspiração, disputam Erika Hilton, Sonia Guajajara e Dinamam Tuxá. Já na Categoria Intelectualidade, os finalistas são Geni Núñez, Petronilha Beatriz e Pai Dário. Ainda neste eixo, haverá uma homenagem à ativista climática transgênero Vitória Pinheiro.
Originária da periferia de Manaus (AM), Vitória Pinheiro foi nomeada ponto focal da ONU em 2022 e integra a Constituinte de Crianças e Juventudes em Comunidades Sustentáveis. Pinheiro destaca a importância da luta contra o racismo ambiental: “Pensar o antirracismo ambiental é refletir sobre os antídotos para problemas que afetam especialmente comunidades negras e indígenas, as mais impactadas pela crise climática”.
No eixo de empregabilidade, os finalistas na Categoria Liderança são Lívia Sant’Anna Vaz, Michele Salles e Vanda Witoto, enquanto Monique Evelle, Aline Odara (vencedora do Prêmio Empreendedor Social da Folha em 2023) e Dayana Molina concorrem na Categoria Trajetória Empreendedora.
“Ser finalista é uma mistura de emoções”, afirmou Monique Evelle, cofundadora da plataforma de formação de empreendedores Inventivos. “Embora me sinta honrada, sei também da responsabilidade que é uma premiação como essa. Significa que tem muita gente olhando para meu trabalho”.
A Inventivos oferece aulas e cursos, além de acesso a uma comunidade de empreendedores, por uma taxa anual de R$ 970. A plataforma também realiza investimentos, destinando R$ 3 milhões a startups do Norte e Nordeste no segundo semestre de 2023. “Temos cada vez mais pessoas pretas no universo da economia criativa e do empreendedorismo para nos guiar. Isso muda o ponteiro econômico. Não é só questão de representatividade, é de proporcionalidade”, destacou Evelle.
No eixo de cultura, os finalistas na Categoria Arte em Movimento são Joelington Rios, Yacunã Tuxá e a Cia Os Crespos. Na Categoria Destaque Publicitário, concorrem campanhas de empresas como Seda e Meta. Já na Categoria Influência e Representatividade Digital, os finalistas são Fayda Belo, As Negas do Ziriguidum e We’e’ena Tikuna. Na Categoria Raça em Pauta, estão na disputa Luciene Kaxinawá, Maickson Serrão e Dom Filó.
O Prêmio Sim à Igualdade Racial conta com o patrocínio de empresas como Ambev, Assaí, Oreo, Carrefour, Mover, Vale, L’Oreal e Sephora, além do apoio da Coca-Cola, Magalu, Aegea e Pepsico. O evento tem parceria com Cidade das Artes, Prefeitura do Rio de Janeiro, Tour House e Promenade Hotel.
Fonte: ID_BR