Internacional

Putin alerta OTAN sobre uso de armas de longo alcance pela Ucrânia

Putin adverte que autorizar o uso de armas de longo alcance na Ucrânia poderia significar que a OTAN estaria em guerra com a Rússia.


O presidente russo, Vladimir Putin, alertou nesta quinta-feira (12) que permitir à Ucrânia o uso de armamento ocidental de longo alcance poderia levar a uma escalada significativa no conflito, implicando que a OTAN estaria “em guerra contra a Rússia”.

Putin declarou que essa decisão “mudaria de maneira significativa a própria natureza do conflito”, sugerindo que, caso isso ocorra, “os países da OTAN, Estados Unidos e nações europeias, estarão em guerra com a Rússia”. Ele acrescentou que a Rússia tomaria “as decisões apropriadas com base nas ameaças” que surgissem.

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem solicitado o uso de mísseis de longo alcance, como os britânicos Storm Shadow e os americanos ATACMS, que permitiriam atingir bases logísticas e aéreas russas. Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou recentemente que o pedido ucraniano seria tratado com “urgência” e que o tema seria discutido por Joe Biden e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em breve.

Avanços no Front

Enquanto isso, o exército russo afirmou ter recuperado “dez localidades em dois dias” na região de Kursk, área onde a Ucrânia lançou uma incursão militar no mês passado. De acordo com o governo ucraniano, suas tropas tomaram cerca de 100 localidades e 1.300 km² de território russo desde o início de agosto. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, confirmou o avanço, embora tenha criticado os “atrasos” dos aliados em responder aos seus pedidos de armamento.

A situação no leste da Ucrânia, especificamente na região de Donbass, permanece tensa, com o exército russo avançando cada vez mais próximo da cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico. Zelensky também acusou a Rússia de atacar uma embarcação de trigo que se dirigia ao Egito no Mar Negro.

A prefeitura de Pokrovsk relatou dificuldades crescentes para a população local, que enfrenta cortes no fornecimento de água e gás, agravando ainda mais as condições de vida dos habitantes. As autoridades locais reiteraram o pedido para que a população deixe a cidade, que antes da guerra contava com 53 mil habitantes.

Texto adaptado de AFP.

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