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Rio Grande do Sul: à medida que os rios recuam, os gaúchos retornam às suas casas e se deparam com um cenário devastador

Em Sapucaia do Sul, famílias estão removendo lama e detritos dos locais inundados pelas chuvas devastadoras. As manchas de lama nas paredes indicam o quão alto a água subiu. Luciano Oliveira e Maria Andreia, moradores do bairro Fortuna, passaram dois dias limpando a lama de suas casas. Os escombros, compostos por camas, sofás e armários, mostram que restou pouco após a cheia do Rio dos Sinos, na região metropolitana de Porto Alegre.

— Assim que a eletricidade voltar, vou verificar se a geladeira e o fogão ainda funcionam — relata Luciano, operador de máquinas.

Na casa, além da falta de eletricidade, também não há água corrente. Por isso, neste sábado, eles coletaram água da chuva em baldes e bacias para a limpeza.

Os vizinhos costureiros, Luis Rodrigo da Silva e Fernanda da Silva, também contabilizam os danos causados pela enchente, que foi a primeira do tipo no bairro. A chuva danificou duas máquinas de costura novas, avaliadas em R$ 10 mil, adquiridas para a produção de roupas para venda às fábricas locais.

— É o nosso meio de vida. Algumas partes da nossa casa simplesmente desmoronaram — lamenta Fernanda.

Conforme o nível da água baixa, os moradores de Sapucaia e cidades vizinhas retornam aos seus lares e encaram a extensão dos estragos. Muitos se mantêm otimistas, apesar de terem perdido apenas bens materiais. Segundo o último relatório da Defesa Civil, 136 pessoas faleceram no estado devido às inundações.

— Perdi muitos pertences, mas com fé em Deus, reconstruirei tudo — diz Valter Gabriel Nobre da Silva, metalúrgico, enquanto arrasta uma motocicleta enlameada.

Atrás de Silva, alguns vizinhos empurram eletrodomésticos como geladeiras e máquinas de lavar pela água, a caminho do conserto.

Fonte: o Globo, adaptação

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