Navios russos de exploração encontraram vastas reservas de petróleo e gás na Antártida, uma região onde a exploração de recursos é proibida pelo Tratado Antártico de 1959.
A descoberta, divulgada pelo Yahoo Finance e pelo The Telegraph, gerou preocupações internacionais e aumentou a tensão sobre as disputas territoriais na região, envolvendo o Reino Unido, Argentina e Rússia.
O achado, estimado em cerca de 511 bilhões de barris de petróleo, ocorreu durante estudos conduzidos pelo navio Alexander Karpinsky, da Rosgeo, agência russa responsável por identificar reservas minerais para exploração comercial.
Segundo especialistas, o volume encontrado é quase o dobro das reservas de petróleo da Arábia Saudita.
A Antártida, salvaguardada pelo Tratado Antártico, proíbe explicitamente o desenvolvimento mineral e petrolífero, restringindo a atividade na região somente a fins científicos. Contudo, a descoberta russa suscita dúvidas sobre como uma quantidade tão significativa de petróleo foi localizada em uma área tida como “proibida”.
Enquanto as autoridades britânicas preferem confiar nas garantias russas de que a exploração teve propósitos científicos, especialistas como Klaus Dodds, professor de geopolítica do Royal Holloway College, advertem que as ações russas na região parecem estar mais alinhadas com a prospecção de petróleo e gás do que com pesquisa científica autêntica.