Ataques cibernéticos à saúde aumentam: hackers podem alterar exames e bloquear atendimentos

O setor da saúde tem sido cada vez mais alvo de ataques cibernéticos, colocando em risco dados sensíveis e até mesmo a vida de pacientes. De acordo com um relatório da Kaspersky, em 2024 foram registradas 16 mil tentativas de ataque contra hospitais e sistemas de saúde no Brasil, um aumento expressivo em relação ao ano anterior. Entre as ameaças, destaca-se o ransomware, um tipo de vírus que criptografa dados e exige resgate financeiro para restaurá-los.

Casos recentes demonstram os impactos desses ataques. Em 2023, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) precisou interromper tratamentos devido a uma invasão cibernética. Em 2021, o Ministério da Saúde teve seus sistemas comprometidos, afetando até o Conecte SUS. Além disso, hackers já vazaram informações médicas e alteraram resultados de exames, o que pode comprometer diagnósticos e tratamentos.

Diante dessa crescente ameaça, hospitais privados e o governo brasileiro têm investido na segurança digital. O Ministério da Saúde aplicou R$ 24 milhões em proteção cibernética, enquanto hospitais como Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz reforçam protocolos de segurança e treinamento de equipes.

Especialistas alertam que a criticidade dos serviços de saúde e a sensibilidade dos dados tornam o setor um alvo lucrativo para criminosos. Com isso, a cibersegurança hospitalar se tornou uma prioridade para evitar impactos operacionais e riscos aos pacientes.

Texto adaptado de O Globo, revisado para Movimento PB.

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