O Senado aprovou alterações no projeto de lei do Novo Ensino Médio, aumentando a carga horária para disciplinas como português e matemática, além de tornar espanhol obrigatório. O texto retorna à Câmara dos Deputados para nova análise.
Nesta quarta-feira (19), o Senado aprovou o projeto de lei que reforma o Novo Ensino Médio, com ajustes significativos na carga horária das disciplinas obrigatórias e a inclusão do espanhol como disciplina obrigatória. O texto, originalmente enviado pelo governo em outubro do ano passado e aprovado pela Câmara dos Deputados em março deste ano, retornará agora para análise na Câmara, após as modificações realizadas no Senado.
A proposta aprovada estabelece uma carga horária total de 2,4 mil horas ao longo de três anos para as disciplinas obrigatórias como português e matemática. Além disso, define que 70% do tempo escolar será dedicado às disciplinas obrigatórias, enquanto 30% será destinado a disciplinas optativas, permitindo aos estudantes aprofundarem-se em áreas específicas de conhecimento ou formação técnica e profissional.
A inclusão do espanhol como língua estrangeira obrigatória no currículo do Ensino Médio, ao lado do inglês já exigido pela legislação atual, foi mantida no texto aprovado pelo Senado. Essas mudanças visam proporcionar uma formação mais sólida e flexível, adequada às necessidades e demandas educacionais contemporâneas.
O projeto também prevê um piso mínimo de horas para a formação geral básica, substituindo o atual “teto” que limitava a carga horária dessas disciplinas. Essa medida visa evitar o “achatamento” das disciplinas fundamentais e fortalecer a base educacional dos estudantes.
Após as revisões feitas pela senadora Dorinha Seabra (União-TO), relatora do projeto, o texto foi aprovado com um requerimento de urgência para análise rápida pelo plenário do Senado. As mudanças refletem debates intensos sobre a estrutura curricular do Ensino Médio, envolvendo diferentes atores do sistema educacional brasileiro.
Este texto foi adaptado de G1