Gustavo Rabay, advogado especializado em blockchain e representante de mais de 400 vítimas da Braiscompany, compartilhou insights reveladores sobre o caso. Em uma entrevista exclusiva ao Portal WSCOM, Rabay abordou não apenas os detalhes da fraude, mas também os riscos iminentes que os sócios da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, enfrentam após sua prisão na Argentina.
Segundo Rabay, a vaidade de Antônio, ao aparecer nas redes sociais com uma mudança de visual, foi um fator crucial que levou à sua captura. “Ele achava que poderia aparecer com alguma mudança de visual num país estrangeiro. Ele possivelmente tenha ido ao Paraguai e tenha frequentado outros lugares da Argentina. Então, é possível que em um dado momento ele tenha achado que poderia passar ileso e foi traído pela própria vaidade de aparecer nas redes sociais. Fez um perfil fake, estava acompanhando ali tudo. Talvez isso tenha ocasionado a queda”, explicou o advogado.
Rabay também expressou preocupação com a segurança do casal, classificando-os como o “casal mais odiado da Paraíba” e ressaltando o alto risco de atentados contra suas vidas. “Agora, nosso temor maior é a preservação da vida deles. Que eles sejam conduzidos, que eles sejam removidos para um presídio com toda segurança, porque atualmente é o casal mais odiado da Paraíba e pode acontecer algo muito grave com eles. A gente teme aí, em nome das vítimas, que eles tenham a vida preservada, teme para que eles sejam poupados de algum atentato contra a vida deles. Eles correm muito risco de morte”, declarou.
Além disso, Rabay revelou que há pelo menos três outros casos de fraudes semelhantes envolvendo criptoativos em andamento na Paraíba. No entanto, optou por não citar nomes para não comprometer as investigações em curso. Ele destacou que esses casos estão em fases avançadas de apuração, e informações adicionais serão divulgadas em breve.
Quanto ao processo de recuperação de ativos para as vítimas, Rabay estima que levará em torno de quatro anos para ser concluído. Ele compartilhou que está na fase avançada desse processo, trabalhando para que as vítimas sejam devidamente ressarcidas. “Eu diria que entre três e quatro anos seria uma expectativa legítima de a gente ter essa recuperação”, concluiu.
Fonte: Wscom