Dados foram informados pelas prefeituras à Defesa Civil e valem até a tarde de 7 de maio, segundo Confederação Nacional dos Municípios. Prejuízo estimado é de R$ 4,6 bilhões.
1 de 2 Imagem de drone feita em 5 de maio de 2024 mostra casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho, no Rio Grande do Sul. — Foto: REUTERS/Diego Vara
Imagem de drone feita em 5 de maio de 2024 mostra casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho, no Rio Grande do Sul. — Foto: REUTERS/Diego Vara
Os municípios do Rio Grande do Sul calculam que ao menos 99,8 mil casas (como residências, prédios e condomínios) foram destruídas ou danificadas pelas tempestades e enchentes que atingiram o estado nos últimos dias.
Os dados parciais da tragédia são válidos do dia 29 de abril até a tarde desta terça-feira (7). As informações foram repassadas pelas prefeituras à Defesa Civil do estado, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
A estimativa é a de que a tragédia tenha causado, até agora, R$ 4,6 bilhões em prejuízos. Ao todo, 388 das 497 cidades gaúchas foram afetadas pelas chuvas e enxurradas — destas, 336 tiveram estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal.
Na tarde de terça-feira (7), a Defesa Civil atualizou para 95 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado, com outras 4 mortes em investigação. São 131 pessoas desaparecidas e outras 372 feridas.
Setores atingidos
De acordo com a CNM, a maior parte do prejuízo causado pela tempestade, seguida de enxurradas e enchentes é no setor habitacional, com perdas próximas a R$ 3,4 bilhões.
Os prejuízos estimados são:
Habitacional: R$ 3,4 bilhões
Setor público (como escolas, hospitais, prefeituras, pontes, transporte, esgoto, etc): R$ 465,8 milhões
Agricultura: R$ 435 milhões
Pecuária: R$ 134,7 milhões
Indústria: R$ 92 milhões
Comércios locais: R$ 37,5 milhões
Demais serviços: R$ 52,5 milhões
Presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski afirma que é necessário apoio do governo federal aos municípios, o que, segundo ele, ainda não ocorre.
“É necessário liberar urgentemente recursos extraordinários aos municípios”, diz Ziulkoski. “O que temos até o momento são promessas, burocracias e uma população que resiste pelo seu próprio esforço e pela corrente de solidariedade”.
Nível de chuva
A quantidade de chuva acumulada nos municípios do Rio Grande do Sul entre 22 de abril e 6 de maio chegou à média de precipitação prevista para cinco meses, conforme levantamento do Climatempo.
Os dados (veja lista abaixo) indicam que Porto Alegre, apesar dos impactos, não foi a região mais afetada pelas chuvas. A cidade de Fontoura Xavier, com 778 mm, e Caxias do Sul, com 694 mm, aparecem no topo da lista.
Os maiores acumulados de precipitação no Rio Grande do Sul, de 22 de abril até 6 de maio, foram nos seguintes municípios, em valores aproximados:
Fontoura Xavier: 778 mm
Caxias do Sul: 694 mm
Bento Gonçalves: 675 mm
Soledade: 629 mm
São Francisco de Paula: 576 mm
Três Coroas: 553 mm
Santa Maria: 544 mm
Teutônia: 511 mm
Porto Alegre: 368 mm