Indústria Brasileira Prevê Investimentos Massivos na Renovação de Maquinário

A indústria brasileira está prestes a entrar em uma nova fase de modernização com a previsão de investimentos de R$ 20 bilhões na renovação do maquinário nos parques fabris do país. Este movimento é impulsionado pela recente sanção de um projeto de lei que permite a depreciação acelerada dos equipamentos, um mecanismo que, segundo especialistas, deve estimular significativamente a economia e a criação de empregos.

Depreciação Acelerada: Um Impulso Necessário

Segundo Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a depreciação acelerada é uma ferramenta amplamente utilizada pelas principais economias do mundo para estimular investimentos e impulsionar o crescimento econômico. “A depreciação acelerada é usada pelas principais economias do mundo, justamente por conta da capacidade de estimular investimentos e impulsionar o crescimento econômico, com reflexos positivos sobre a criação de empregos”, afirmou Lucchesi.

Geraldo Alckmin, ministro da Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente, destacou a importância da medida durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde o projeto foi sancionado. Ele enfatizou que a iniciativa resultou de um diálogo produtivo entre o governo, o parlamento e a indústria. “O governo ouviu, o presidente enviou projeto, o parlamento aprovou e a indústria ganhou”, resumiu Alckmin.

Necessidade de Modernização

Um estudo recente da CNI revelou que 38% das máquinas nos parques fabris brasileiros estão próximas ou já ultrapassaram o fim do ciclo de vida estipulado pelos fabricantes. Esta situação reflete a urgência de modernização do setor industrial, que enfrenta desafios significativos devido aos altos juros e à escassez de crédito.

Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), destacou a importância da depreciação acelerada para enfrentar esses desafios. “A depreciação acelerada é fundamental para a renovação do parque industrial brasileiro, que está envelhecido. O setor é afetado pela dificuldade de renovação, por conta dos juros altos e escassez de crédito. Esse instrumento é necessário para o incremento da competitividade”, explicou Rocha.

Impactos Positivos na Economia e Emprego

A expectativa é que a renovação do maquinário industrial não apenas melhore a competitividade do setor, mas também tenha um efeito multiplicador na economia. A modernização dos equipamentos deve aumentar a eficiência produtiva, reduzir custos operacionais e abrir novas oportunidades de negócios, potencialmente criando milhares de empregos.

Para Lucchesi, os investimentos projetados serão um grande passo para a revitalização do setor industrial. “A medida vai incentivar a entrada de novos investimentos, modernizando o parque fabril e, consequentemente, aumentando a produção e a competitividade da indústria brasileira no mercado global”, destacou.

Por Redação, com Reuters – de Brasília

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