Saúde

Vírus respiratório já causa mais mortes de crianças que a Covid-19; entenda

O número de mortes em crianças de até dois anos pelo vírus sincicial respiratório (VSR) superou os de Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas, segundo o boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em crianças, o VSR já corresponde por 57,8% do total de casos recentes de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com identificação de vírus respiratório. Outros vírus que atingem, atualmente, a mesma faixa etária são o rinovírus e a Covid-19.

O boletim também traz o aumento nas internações de SRAG, especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

Já a Covid-19, mesmo apresentando sinal de queda e estabilidade em patamares relativamente baixos, ainda é a maior responsável pela mortalidade de SRAG nos idosos.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o predomínio de casos positivos para vírus respiratórios, a população geral, foi:

  • Influenza A (23%)
  • Influenza B (0,4%)
  • Vírus sincicial respiratório (57,8%)
  • Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%)

Já entre as mortes, a presença desses mesmos vírus entre os positivos, na população geral, foi:

  • Influenza A (32%)
  • Influenza B (0,3%)
  • Vírus sincicial respiratório (10,8%)
  • Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

Segundo Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, é importante se vacinar contra a gripe e usar máscaras adequadas para pessoas que estão apresentando sintomas de doenças respiratórias.

“A atualização do Infogripe continua apontando para o aumento no número de novas internações por infecções respiratórias em praticamente todo o país. E isso se dá, nesse momento, fundamentalmente por conta do vírus VSR, o vírus sincicial respiratório, que interna especialmente crianças pequenas. E, além disso, o próprio vírus da gripe, o vírus influenza A, a gente vê aí também em clara ascensão em todo o país”, afirma o pesquisador.

Fonte: CNN, Reprodução

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