As estruturas de concreto, soberanas na engenharia global, estão sendo desafiadas por constantes inovações, especialmente no que tange à sustentabilidade. Recentemente, uma nova proposta emergiu no mercado: as Lajes BubbleDeck, um sistema promissor que incorpora bolhas ou esferas de plástico na construção de lajes.

As estruturas de concreto convencionais, sobretudo as de concreto armado, frequentemente apresentam um peso excessivo. Esse peso adicional não apenas encarece os projetos, mas também os torna mais prejudiciais ao meio ambiente, exigindo manutenção constante, oferecendo pouca resistência e apresentando baixa durabilidade. Diante disso, pesquisadores têm se dedicado a encontrar soluções inovadoras para esse problema. É nesse contexto que surgiram as Lajes BubbleDeck, concebidas na Dinamarca em 1990.

O conceito por trás das Lajes BubbleDeck é a utilização de esferas ocas para reduzir o peso das estruturas de lajes de concreto. Essas esferas substituem parte do concreto que seria necessário para preencher a forma, promovendo uma distribuição uniforme de tensões e reduzindo significativamente a carga estrutural. Isso resulta em lajes mais leves, porém igualmente resistentes, se comparadas às lajes nervuradas convencionais.

É importante ressaltar que o dimensionamento das Lajes BubbleDeck deve seguir normas específicas, como a NBR 6118, a fim de garantir sua integridade estrutural. Além disso, é fundamental considerar a redução do peso próprio ocasionada pela inclusão das esferas plásticas.

Existem três tipos principais de Lajes BubbleDeck:

  • Módulos: Esferas plásticas travadas em treliças metálicas, ideais para obras de pequeno ou médio porte.
  • Painéis Pré-Lajes: Concretados parcialmente na parte inferior do módulo, formando painéis pré-moldados para uso imediato como assoalho, ideais para obras que demandam velocidade e redução da mão de obra.
  • Painéis Acabados: Lajes completamente concretadas, prontas para instalação, porém ainda não fabricadas no Brasil.

O modelo das Lajes BubbleDeck apresenta um grande potencial para revolucionar a engenharia civil. Suas vantagens são significativas e indicam que essa tecnologia tem o poder de transformar o futuro da construção civil. Trata-se de uma abordagem sustentável, que reduz o desperdício de concreto, diminui o uso de materiais e gera menos resíduos nas obras, promovendo um avanço notável em direção à construção sustentável e eficiente.

Fonte:
Engenharia 360

Perfil da Autora:
Simone Tagliani é graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português. Possui especializações em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios. É proprietária da empresa Visual Ideias.

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