Especialistas destacaram um quadro de “colapso climático” durante uma audiência pública na Comissão Especial de Prevenção e Auxílio a Desastres Naturais da Câmara dos Deputados. Comparando a atual concentração elevada de gases do efeito estufa a bombas atômicas, os cientistas urgiram ações concretas no Brasil, enfatizando a necessidade de descarbonização, reflorestamento e monitoramento dos biomas para enfrentar eventos extremos.
O físico Alexandre Araújo da Costa, doutor em ciências atmosféricas, alertou que o desequilíbrio climático atual equivale a pegar a energia de 21 bombas de Hiroshima por segundo. A coordenadora do Laboratório de Gases do Efeito Estufa do INPE, Luciana Gatti, evidenciou anomalias de temperatura nos oceanos e expressou a urgência da redução do desmatamento e produção de combustíveis fósseis.
Os especialistas destacaram a necessidade de medidas imediatas, incluindo a redução do desmatamento, produção de combustíveis fósseis e resfriamento da superfície terrestre por meio de reflorestamento. O deputado Tarcísio Motta defendeu a reserva de 5% das emendas parlamentares para emergências climáticas, enquanto a Confederação Nacional dos Municípios revelou que 93% das cidades brasileiras enfrentaram desastres naturais de 2013 a 2022.
A audiência refletiu a ansiedade por ações concretas diante da projeção da Organização Mundial de Saúde de 250 mil mortes anuais devido ao aquecimento global de 2030 a 2050. O Brasil enfrenta uma chamada urgência climática, e os especialistas enfatizam a importância de medidas imediatas para mitigar os impactos devastadores.
Fonte: Poder360
Imagem: Ilustração criada pela redação com o Dall-e (Prompt de P.S.)