Um grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por inserir e depois remover informações falsas de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, com o intuito de obter vantagens ilícitas. Entre os indiciados estão Jair Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid e outros 15 envolvidos, cujos nomes constam na lista divulgada.

O processo agora está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração. O indiciamento foi revelado pelo blog da Daniela Lima no G1, e os documentos estão sob sigilo.

A investigação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em maio de 2023, faz parte do inquérito das milícias digitais. Segundo as investigações, os dados falsos foram inseridos no sistema ConecteSUS pouco antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos, em dezembro de 2022. A inserção ocorreu em um momento em que os EUA exigiam comprovante de vacinação para admitir a entrada de estrangeiros.

O inquérito identificou que foram forjados dados de vacinação de pelo menos sete pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua filha e Mauro Cid, entre outros. A defesa de Bolsonaro nega as acusações, afirmando que ele nunca se vacinou contra a Covid-19.

A PF apurou que vacinas falsas da Pfizer também foram registradas nos cadastros de Bolsonaro e outros militares, indicando uma fraude mais ampla no sistema. A investigação continua para esclarecer os detalhes e responsabilidades dos envolvidos.

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