Internacional

Estado Islâmico: Europa e EUA na Linha de Fogo Após Ataque em Moscou

Enquanto as atenções do mundo se voltam para conflitos em diferentes partes do globo, o recente ataque a uma casa de espetáculos em Moscou serviu como um lembrete sombrio do contínuo perigo representado pelo terrorismo islâmico, especialmente pelo Estado Islâmico-Khorasan (Estado Islâmico-K), que mantém suas ambições além das montanhas do Afeganistão. Especialistas alertam para um crescente foco do grupo na Europa, destacando eventos iminentes como os Jogos Olímpicos de Paris como possíveis alvos.

A autoria do ataque terrorista em Moscou foi reivindicada pelo Estado Islâmico. A presença de cidadãos tadjiques no incidente sugere a possível ligação com o Estado Islâmico-K, conhecido por atrair membros da Ásia Central e por conspirações anteriores na Rússia. Autoridades norte-americanas também apontaram evidências do envolvimento do Estado Islâmico-K no ataque.

Estimativas de especialistas da ONU e de serviços de segurança russos situam o Estado Islâmico-K entre 4 mil e 6 mil combatentes. Sanaullah Ghafari lidera o grupo desde 2020, mantendo-se como uma figura influente apesar de rumores ocasionais sobre sua morte.

Apesar dos esforços do Talibã e dos Estados Unidos para erradicar o Estado Islâmico-K de seus redutos no leste do Afeganistão, o grupo demonstrou resiliência e capacidade de adaptação em face de desafios significativos.

Segundo Edmund Fitton-Brown, conselheiro sênior do Projeto Contra Extremismo, o Estado Islâmico-K demonstra um desejo crescente e capacidade de realizar ataques regionais além do Afeganistão, contando com apoio midiático em diversos idiomas.

O Estado Islâmico-K tem como alvo não apenas o Talibã, mas também grupos étnicos afegãos que considera insuficientemente radicais. Seu histórico inclui o ataque suicida ao aeroporto de Cabul em 2021, assim como recentes atentados na cidade afegã de Kandahar.

À medida que o Estado Islâmico-K continua a representar uma ameaça global, é essencial uma cooperação internacional eficaz para combater o terrorismo e garantir a segurança global.

Fonte: CNN Brasil

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