No entardecer deste domingo, 7, na sua residência em Jaguaribe, veio a óbito Geraldo Jorge de Lima, aos 79 anos, diretor e ator teatral. Reconhecido por sua criação do espetáculo “Pastoril Profano”, que desde 1994 atrai multidões aos teatros, Geraldo inovou ao apresentar homens vestidos de mulher, sem serem travestis, em uma versão mais irreverente e hilariante.
Sofrendo de problemas cardíacos, diabetes e Mal de Parkinson, Geraldo sucumbiu a uma broncoaspiração. Os detalhes do velório e sepultamento ainda não foram divulgados.
O amigo e colega de cena, Osvaldo Travassos, relembrou a trajetória de Geraldo, destacando seu papel fundamental no Grupo Tenda e seu legado no teatro paraibano.
Iniciando sua carreira em 1966, Geraldo participou de diversas produções, incluindo “A Farsa do Corregedor” e “O Rapto das Cebolinhas”. Em 1972, fundou o Grupo Tenda, onde montou peças como “Tempestade em Água Benta” e “A Viúva e o Lobisomen”, que se tornaram marcos no teatro local.
Porém, foi com “Pastoril Profano” que Geraldo alcançou grande destaque. O espetáculo resgatou elementos da cultura popular nordestina e se tornou um fenômeno de bilheteria nos anos 90, enchendo teatros e animando o público com músicas ao vivo e personagens folclóricos.
Ao longo de sua carreira, Geraldo influenciou inúmeras gerações de atores paraibanos, oferecendo oficinas gratuitas de teatro e compartilhando seu conhecimento. Seu legado perdurará como uma das figuras mais importantes do teatro paraibano.