Policial

Justiça da Paraíba Concede Prisão Domiciliar ao Padre Egídio no Caso Padre Zé

O juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, deferiu o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do padre Egídio, levando em consideração o estado de saúde do réu.

Padre Egídio foi detido na manhã de sexta-feira, 17 de novembro, em João Pessoa, sob suspeita de desvio de recursos do Hospital Padre Zé.

A decisão judicial destacou que o réu esteve internado na UTI de um hospital particular, o que, somado a outros problemas de saúde, o deixou debilitado por doença grave. O Ministério Público também se manifestou favorável à prisão domiciliar do padre.

A determinação inclui o uso de tornozeleira eletrônica e estabelece cinco medidas cautelares que o acusado deve cumprir:

  1. Uso de tornozeleira eletrônica;
  2. Proibição de sair de sua residência em João Pessoa sem autorização judicial, devendo fornecer seu endereço atualizado;
  3. Apresentação de comprovante de endereço atualizado antes do início da prisão domiciliar;
  4. Restrição de contato apenas com advogados e familiares que residem no mesmo imóvel, salvo em casos de urgência comunicados à justiça em até 48 horas;
  5. Proibição de acessar estabelecimentos vinculados à Ação Social Arquidiocesana (ASA) e ao Instituto São José, bem como de manter contato com colaboradores dessas instituições e com as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas.

Segundo investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba, Padre Egídio é suspeito de liderar uma organização criminosa que desviou recursos do Hospital Padre Zé, totalizando R$ 140 milhões em desvios. As ex-diretoras do hospital também são investigadas por envolvimento no esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão da entidade.

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