Saúde

Primeira Voluntária Recebe Vacina Experimental Contra Câncer de Mama nos EUA

Vacina experimental contra câncer de mama é aplicada na primeira voluntária nos EUA. Pesquisa visa prevenção da doença no futuro.


O Centro Médico da Universidade de Pittsburgh (UPMC), nos Estados Unidos, anunciou na quinta-feira, 20 de junho de 2024, que Maria Kitay, de 67 anos, foi a primeira voluntária a completar o ciclo de uma vacina experimental contra o câncer de mama. Kitay foi diagnosticada com carcinoma ductal in situ, um estágio inicial da doença conhecido como “estágio zero”.

“Hoje, mais de 30 anos de pesquisa nos trouxeram ao primeiro ensaio clínico de uma vacina deste tipo, que pode mudar significativamente o diagnóstico de câncer de mama”, afirmou Elizabeth Wild, presidente do UPMC, durante uma coletiva de imprensa.

Kitay recebeu três doses da vacina ao longo de 10 semanas, com a última injeção administrada na manhã de quinta-feira, momentos antes da entrevista coletiva.

Em uma próxima fase do ensaio, cerca de 50 mulheres, assim como a primeira voluntária, receberão a vacina para avaliar a resposta imunológica, que pode ajudar o corpo a combater o câncer no futuro.

Desenvolvida pela Universidade de Pittsburgh e pela imunologista do UPMC Hillman Cancer Center, doutora Oliveira Finn, a vacina representa uma abordagem inovadora para o diagnóstico de câncer de mama, especialmente em estágios pré-cancerígenos.

A especialista, doutora Finn, expressou sua esperança de que “muito mais mulheres se inscrevam neste ensaio, pois é uma forma muito inovadora de abordar um diagnóstico de câncer de mama, especialmente um diagnóstico pré-cancerígeno.” Ela acrescentou: “O objetivo a longo prazo é prevenir o câncer, e as mulheres que participam deste ensaio realmente nos ajudarão a combatê-lo de uma vez por todas.”

De acordo com Emilia Diego, oncologista cirúrgica de mama da Magee-Womens, este é um dos poucos testes focados em desenvolver uma vacina para pessoas que estão em estágios de câncer pré-invasivo. “Esperamos que o objetivo seja ter uma vacina para pessoas que nem sequer têm câncer”, disse Diego.


Texto adaptado de informações fornecidas pelo UPMC

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