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Grupo de Metal Muçulmano da Indonésia Enfrenta Seu Maior Desafio no Palco

JAKARTA, 23 de junho (Reuters) – Com seus véus islâmicos e música metal de alta energia, as mulheres da banda indonésia Voice of Baceprot já tocaram em palcos dos Estados Unidos à França. No entanto, estão nervosas para esta semana.

Nesta sexta-feira, na Inglaterra, o trio será o primeiro grupo indonésio a se apresentar no Glastonbury Festival, um dos maiores festivais do mundo, dividindo o palco com artistas como Coldplay e Shania Twain.

Esta é a maior oportunidade até agora para as jovens, longe de sua vila natal em Garut, na província de Java Ocidental, na extensa nação do Sudeste Asiático.

“Não estamos apenas representando a Voice of Baceprot, mas também nosso país”, disse a baixista Widi Rahmawati, 23 anos, à Reuters.

Com as ousadas batidas de suas guitarras e a complexidade da bateria, a Voice of Baceprot – uma palavra que significa “ruído” – já estampou a capa da revista britânica New Musical Express e recebeu elogios do ex-guitarrista do Rage Against the Machine, Tom Morello.

Além da música, as três integrantes buscam desafiar os estereótipos de que as mulheres muçulmanas são recatadas e fracas, ou que os muçulmanos, em geral, são militantes violentos, disse a vocalista e guitarrista Firda Marsya Kurnia, 24 anos.

A Indonésia é a maior nação muçulmana do mundo, com muçulmanos compondo 90% de sua população de 270 milhões de pessoas. O país é secular, e a vasta maioria pratica uma forma moderada de Islã, embora existam alguns redutos conservadores.

A banda canta sobre empoderamento feminino – lamentando a fixação na aparência em vez da música – e o meio ambiente, afirmou Marsya.

Widi, Marsya e a baterista Euis Siti Aisyah, 24 anos, se conheceram em uma escola islâmica, formando a banda em 2014. Elas foram imersas na música pop indonésia e islâmica durante a infância, disse Widi.

Fonte: Adaptado de Reuters

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